ALERTA AOS TERAPEUTAS INTEGRATIVOS E COMPLEMENTARES
Vamos seguir as determinações dos Órgãos Nacionais e Mundiais da Saúde sobre o Coronavírus.
A Polícia Federal está fechando o cerco contra quem promete cura ou prevenção contra este vírus. Muita gente já foi presa por este motivo.
Por este motivo, o Sinthalpar vem orientar a todos os Terapeutas para não tomar esta atitude, mesmo que seja com a melhor das intenções, pois pode ter problemas na esfera criminal e até mesmo ser preso. Você pode continuar com seus atendimentos, mas não somos curadores e sim terapeutas. Nossas terapias auxiliam grandemente os nossos clientes, mas não podemos ultrapassar nossos conhecimentos e interferir na conduta de outros profissionais.
Nossa classe já é discriminada e se um terapeuta for acusado e penalizado por atitudes que venha a ser mal interpretada, certamente toda nossa classe será marginalizada. Somos Terapeutas, com muito orgulho e temos a obrigação de integrar com os demais profissionais da saúde, mas neste momento devemos manter cautela em nossos atendimentos e deixar bem claro que integramos e complementamos com as terapias integrativas, mas não prevenimos e nem curamos quem foi infectado com o Coronavírus. Isso está a cargo de outros profissionais. Não somos charlatões, somos profissionais preocupados com o ser humano.
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Medicina alternativa
Um exemplo de tratamento pseudocientífico é o Reiki. Os praticantes desta forma de terapia oriental usam principalmente a imposição de mãos para supostamente transferir “energia vital universal” (ki) para o paciente. Uma praticante de Reiki ouvida pelo Jornal Opção afirmou crer ser capaz de proporcionar um “tratamento alternativo complementar” ao novo coronavírus. A entusiasta da terapia fez cursos e oficinas para aprender a técnica e explica: “O fundamento é a transferência e reorganização de energias nas partes doentes do corpo. No caso da Covid-19, os pulmões”.
É importante ressaltar que a praticante de Reiki não vende seus serviços de curandeirismo e nem os oferece ao público geral – apenas afirmou que pretende usar a terapia caso algum familiar contraia a doença. A entrevistada também não descartou a importância da medicina tradicional, citando o Reiki apenas como terapia complementar.
Neste sentido, a opinião encontra respaldo no Ministério da Saúde, que incorporou o Reiki no Sistema Único de Saúde (SUS) como “prática integrativa”. O SUS oferece outras terapias pseudocientíficas, como a homeopatia, biodança, dança circular, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia e geoterapia.
A incorporação destas práticas frequentemente é justificada com a definição de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS): “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Dessa forma, terapias sem comprovação científica auxiliam no bem-estar do paciente por meio do efeito placebo. Ou seja, um efeito benéfico produzido por um medicamento que não pode ser atribuído às propriedades do tratamento e, portanto, deve-se à crença do paciente nesse tratamento.
Diversos estudos já foram realizados com o intuito de determinar se a terapia Reiki difere do tratamento placebo – estudos suficientes para compor o livro “Effects of Reiki in clinical practice: A systematic review of randomised clinical trials”, com revisão de 205 artigos acerca do assunto. A maioria dos testes consiste em estudos duplo-cego (ensaio clínico realizado em seres humanos onde nem o examinado nem o examinador sabem o que está sendo utilizado como variável em um dado momento) com pacientes randomizados como participantes.
Em resumo, os autores do livro encontraram que, embora a terapia Reiki tenha sido estatisticamente significativa para aumentar o conforto e o bem-estar dos pacientes após a terapia, o placebo falso do Reiki também foi estatisticamente significativo. Os pacientes do grupo controle que não recebeu o Reiki placebo e nem o “Reiki real” não experimentaram alterações no conforto e bem-estar.
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